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Primeiro passeio com mais de 2.000 km com a Vstrom

1.Nossa primeira viagem com a V-Strom e também o percurso maior que 2.000 km.
Ocorreu no período de férias entre out e nov/2010.


Objetivos:
1) Visitar o cunhado, que estuda no IAP (Instituto Adventista Paranaense), onde minha esposa também estudou;
2) Conhecer Foz do Iguaçu (principalmente as Cataratas);
3) Ficar uma noite em Treze Tílias / SC.

Data de saída prevista: 26/09 as 5hs
Data de chegada prevista: 03/10 as 12hs

Preparação:
• Fechamos o roteiro, definimos as paradas e ficamos em dúvida com relação a quantos quilômetros conseguiríamos percorrer em um dia. Iniciamos então uma pesquisa na internet e chegamos na bela conclusão de que tudo depende de cada um. Ótimo, definimos que faríamos até onde aguentássemos!
• Montamos o checklist com tudo que precisava ser levado, tivemos como principal referência o site www.motoa2.com.br (excelentes dicas).
• Revisão da moto: como a moto tinha exatos 3.865km, não me preocupei com óleo, água, etc., pois o ex proprietário havia feito a revisão dos 3 mil km na concessionária Suzuki. Apenas requisitos básicos foram adicionados: graxa para corrente, gel para pneus e um mini compressor de ar para emergência.
• Acessórios na moto: para aproveitarmos as alforges da Falcon e não gastarmos dinheiro agora com os baús laterais precisávamos adquirir os afastadores. Não encontramos os afastadores, então compramos os suportes para baús Givi (R$ 250,00). Com velcro amarramos as alforges e tudo certo! Não ficou lindo,mas resolveu. Quanto a chuva, nada que sacos plásticos não resolvam! Já tínhamos usado e o resultado foi muito satisfatório.
• Impressão dos mapas (do Google maps) com anotações: imprimimos por etapas para facilitar a visualização e detalhes do mapa.
• A aquisição que consideramos mais inteligente foi a de uma pequena bolsa impermeável. Ela ficava o tempo inteiro com a garupa e nela estava o dinheiro para pedágio, documentos, câmera fotográfica, bloco de anotações, caneta e mapas.

Viagem:
A minha esposa, que até o momento estava confiante e ansiosa para iniciar a viagem, ficou com medo e um pouco apavorada com a loucura. Afinal, era nossa primeira viagem e com uma quilometragem um tanto alta (2.400km) e nossos familiares, apesar de nos apoiarem, achavam que éramos “um pouquinho” loucos. Com toda a psicologia em ordem, saímos de São José as 06:00hs do dia 26.
A moto ficou pesada. As duas alforges carregadas com roupas (uma para cada um) fez o peso aumentar consideravelmente. No baú guardamos a bolsinha de tecnologia (pen drives, carregadores de baterias, etc), corda, toalha para limpar capacete, graxa, material de higiene pessoal, etc. Resumindo, ficou cheio também.
Primeira parada para abastecimento foi após os 246km rodados. Eu estava curioso para saber qual a média da moto naquelas condições. Andei na média dos 140km/h e por isto não poderia ter sido diferente: 16,1km/L. Bom, para melhorar, não tinha muita opção de gasolina e posto: abastecia no posto quando o indicador apontava meio tanque (11 litros) ou arriscava até quando aparecesse outro posto. Sinceramente, acho que as vezes não era gasolina o que entrava naquele tanque!
Segunda parada foi em Ponta Grossa, fizemos um lanche, abastecemos e seguimos viagem. Estávamos impressionados, pois eram 10hs e se continuássemos neste ritmo chegaríamos em Maringá as 14hs.
Continuamos viagem e faltando 200 km para a chegada ao destino começou a chover. O que parecia estar tão próximo, começou a demorar para chegar.
As 13hs paramos em Ortigueira – PR para almoçar. Muito bom, mas cuidamos na alimentação para que a fermentação da comida não causasse sono na viagem. Nada que uma coca-cola não resolva, levantando o astral!

Lombadas em cada cidade que antecedia o nosso destino e o movimento de caminhões, fez com que o tempo aumentasse consideravelmente.  Chegando na cidade, mais uma parada para um café, e finalmente  iniciamos a procura pelo colégio IAP ou aeroporto.

Foi tranquilo, algumas informações e chegamos lá. Difícil foi a quantidade de chuva que caía naquele momento.

Data e Hora de chegada:   26/09 - 17hs (domingo). 
Km executada:  762km
Segunda feira, depois do almoço, pegamos a estrada novamente, agora o destino era Foz do Iguaçu.





Estradas não duplicadas, pedágios e muita passagem por cidades (baixa velocidade e muita lombada).  Mas a recompensa foi o visual na estrada, com grandes plantações e retas maravilhosas para acelerar. Tive impressão de estar no lugar errado, pois andávamos 10 min sozinhos, sem encontrar  vestígio algum  de pessoas, casas ou outros carros. Mas, tava tudo certo!

Depois de dois abastecimentos e a média ficar em torno de 16,7 e 17,4 km/l, chegamos a Foz, onde um guia hoteleiro nos levou até 3 opções de hotel/pousada. Acabamos ficando na terceira opção! Nada de frescura, mas queríamos um lugar “limpinho”, barato e com garagem para moto.
Recomendo utilizar o serviço de guias disponíveis na cidade, eles fazem parte de uma cooperativa de guias turísticos que auxiliam as pessoas a escolher hotéis, pousadas e tem toda infra estrutura de translados para visitar os lugares. Eles usam um colete amarelo com identificação e levam você até as opções que melhor se adaptam com a necessidade.
Ficamos na pousada Charme, R$ 90,00 a diária com café da manhã e internet grátis.
Data e Hora de chegada:   27/09 - 17hs (segunda). 
Km executada:  403 km
Terça-feira, a Van levou a gente para o Paraguai e nos levou para os shoppings e aguardou o nosso retorno. Chegamos na pousada as 13:30hs. Custo da Van: R$ 20,00 por pessoa (ida e volta).
Fomos almoçar num restaurante dentro do supermercado Mulffato, excelente comida e um preço bem mais barato do que pagamos em Floripa. Perfeito, para quem não queria gastar muito!
Depois do descanso, fomos dar uma volta até a entrada das Cataratas, onde descobrimos o parque das Aves.
Depois de pagar e ver tudo sugiro apenas para pessoas que realmente gostam muito das aves. Mas, minha esposa amou. A sensação de ter tucanos do seu lado, diz ela, é fantástica.
Custo: R$ 18,00 por pessoa + R$ 5,00 de estacionamento (opcional, pois existe estacionamento livre também)
Depois do passeio jantamos no mesmo restaurante do meio dia! Excelente.
Quarta feira, dia 29, visitamos as cataratas e realmente curtimos bastante.  Custo:  R$ 22,00 por pessoa + R$ 12,00 de estacionamento.

Tínhamos a opção de deixar em estacionamento de R$ 5,00, mas o tiozinho ia pescar, fiquei meio preocupado com a máquina e preferi pagar os R$ 12,00. Também recomendamos a compra das capas de chuva, R$ 5,00 cada uma. Ou então leve a capa de chuva, utilizada na moto, foi o que eu fiz.
Depois das cataratas, fomos conhecer o Marco das Três Fronteiras (Brasil, Argentina e Paraguai). Apesar de ser num lugar feio e com cara de perigoso fomos até lá e valeu a pena.
Ainda com um tempinho sobrando e precisando de um café (só eu),  decidimos conhecer o centro de Foz do Iguaçu e encontramos uma padaria que tinha Buffet de café colonial, perfeito!
Sem necessidade de janta, descansamos, afinal, o dia seguinte não seria curto.
Quinta feira, após o café na pousada, pegamos a estrada rumo à  Treze Tílias. Com 546 km pela frente, ficamos preocupados com o tempo, principalmente por se tratar de estradas sem pedágios (consequentemente, não cuidadas).  Estávamos certos, o trecho de Lindoeste até Franciso Beltrão  foi horrível, com muitos caminhões e buracos na pista. Não ultrapassamos os 100km/h. Em compensação ao chegar na BR 280 foi só felicidade. Belas paisagens, estrada boa e curvas para degustar a moto. De brinde ainda encontramos os geradores eólicos, “cataventos”, na cidade de Palmas. São 80 geradores instalados na beira da estrada e que vale a pena parar e dedicar alguns minutos para apreciar.
Segundo a dona da única lojinha na região estão sendo instalados mais 80 geradores.
Seguindo a diante, chegamos ao nosso destino as 17hs e, sem muitas dificuldades, encontramos o Hotel Tirol (R$ 120,00 diária do casal com café da manhã). Nos instalamos e fomos caminhar pela cidade, fizemos um lanche e fomos descansar.
Data e Hora de chegada:   29/09 – 17:20hs (quinta). 
Km executada:  552 km

Na sexta feira, depois do café da manhã, mais uma caminhada pela praça e na sequência pegamos a estrada em direção a Jaraguá do sul.
Pra ser diferente, começou a chover fino. E segundo orientações da recepção do hotel, economizaríamos 30 km se fossemos pela estrada de chão de 10km em direção a Videira. Ótimo!!! Fomos pela estrada de chão que era praticamente só pedra, e que ficou lisa como um sabão. Enfim, fizemos 12km de chão com pedra + 5km de asfalto + 6 km de chão novamente, isto em 48 minutos. Resumindo, ganharíamos muito mais se andássemos 30km a mais. Mas, viagem com emoção é bem melhor!
Almoçamos em Fraiburgo, em um dos poucos estabelecimentos que ficava aberto para almoço. Incrível, as lojas fecham e o trânsito vira um caos porque as pessoas vão para casa, de fato não estamos mais acostumados a isto.  De Fraiburgo, saímos com tempo seco e fomos em direção a BR 116 para chegar até Mafra. Nosso objetivo era parar em Rio Negrinho ou São Bento do Sul para tomar um bom café da tarde e seguir viagem. Infelizmente na região de Monte Castelo começou a chover muito e decidimos ir direto para Jaraguá, apenas tomando uma caneca de café na beira da estrada.
Chegamos ao interior de Jaraguá do Sul, na casa da minha avó, as 18:40hs.
Data e Hora de chegada:   01/10 – 18:40hs (sexta). 
Km executada:  391 km
Custo R$:  fica na casa da vó não tem preço (Cuca + bolachas + bolos diversos).
Domingo, dia 03/10, saímos as 10hs da casa da vó e fomos em direção a nossa casa, onde meus pais já estavam preparando um churrasco. Só alegria para todos


Data e Hora de chegada:   03/10 – 11:40hs (domingo). 
Km executada:  197 km


Resumindo:
-Totalizamos 2.401 km (considerando os passeios dentro das cidades).
-Pagamos de pedágios nos dois estados: R$: 54,25
-Gasolina R$: 324,00
-Dias de passeio:  7 dias

Aprendizado:
- Levar menos roupas
- Saber os limites da capacidade física
- Prudência no trânsito
- Sensação inigualável a qualquer outra viagem que já fizemos de carro ou avião


É isso ai, espero que tenham gostado dos relatos.

Comentários

  1. Muito legal Raduenz

    Gostei da criatividade e do aprendizado tmb
    uma sensaçao inigualavel e muito mais emocianateeee

    ResponderExcluir
  2. Jean, muito legal a sua viagem... quem sabe um dia eu crio coragem e compro uma moto.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns mandou muito bem,viagem segura, divertida e boa companhia. Eu tambem so viajo com minha esposa, mesmo tamando chuva e frio ela esta sempre de bom humor e sempre de moto.
    Sou de Franca interior de São Paulo.
    Jorge.

    ResponderExcluir
  4. OI AMIGO TOI TENTANDO IR SAO PABLO DESDE URUGUAI EN UMA MOTO HONDA PERO PEQUENA TODO QUE ME POSA AJUDAR ES BINVINDO ABRAÇOS DEIXO MEU IMAIL COLORESJUANCA@LIVE.COM DESDE JA ESPERO SUA AJUDA

    ResponderExcluir
  5. legal: Estou me preparando para fazer um percurso maior com minha esposa.. So gostaria de saber este mini-compressor é bom , e se vc colocou uma tomada de 12v na vstrom.
    valeu

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa...

      o compressor eh bom e no meu caso adaptei duas garras de jacaré no fio do compressor. Desta forma não preciso da tomada pq ligo direto na bateria.
      Obs. Fiz isto pq não precisava para o gps q tbem era ligado direto na bateria.

      abs

      Excluir

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Obrigado por comentar!
Jean e Dayana Raduenz

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