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Curitiba no carnaval de 2011 (MotoTurismo)

Feriado de carnaval e muita chuva aqui em Santa Catarina. Uma semana antes ainda não sabíamos nosso destino, mas a certeza que estaríamos na estrada com a moto era fato. Três dias antes da viagem o destino foi decidido: Curitiba. As pesquisas e todo o planejamento foram feitos com rapidez: hotel, pousada, locais para visitar, parques, rotas a serem seguidas, etc. Quem não precisou se preocupar com o tempo nem com o planejamento foi nossa querida gordinha (V-Strom), já que ela está sempre pronta para a estrada e ansiosa para acelerar.

Domingo, 06 de março, 09:10 h. A moto estava pronta e carregada com as alforges e toda a parafernália necessária. Mesmo prontos para partir, decidimos esperar mais um tempo para ver se a chuva dava uma trégua. Estávamos preparados e a fim de inaugurarmos nossas novas jaquetas, adquiridas para esta finalidade, mas a chuva era tanta que ficamos um pouco receosos. Esperamos uns 20 minutos, daí sim, pé na estrada, ou melhor, moto na estrada. Ah, a nova jaqueta mostrou-se uma maravilha, ainda mais pra quem usava uma de couro.
Alguns colegas já haviam comentado que Curitiba possui um trânsito bem diferente do que Florianópolis e região e talvez até um pouco complicado para quem a visita pela primeira vez. Para resolver a situação o ideal seria a utilização de um GPS, mas nós (na verdade bem mais minha esposa do que eu) acreditamos que sem esta tecnologia o passeio fica mais emocionante e divertido. Assim fomos na coragem e com o intuito de nos aventurar com o mapa da cidade em mãos.
A primeira parada foi no posto Sinuelo em Araquari – SC. Simplesmente não conseguimos passar por ali sem parar, já se tornou um ponto obrigatório. Depois daquele lanche básico seguimos adiante, rumo a Curitiba. Estrada com todos os climas possíveis: sol, chuva, cerração e a combinação de algumas juntas. Na passagem pelos quatro pedágios, os seus merecidos R$ 0,70 cada, tranquilo!
Chegamos a Curitiba. No Centro, e sem saber para onde ir, tivemos que acionar nosso mapa. 


Já havia passado um pouco do meio dia, e queríamos achar alguns hotéis que pesquisamos na internet para negociarmos antes de almoçar.  Não definimos nada e procuramos algo para comer.
Almoçamos ao lado do Parque Opera de Arame. Comida gostosa, simples e com preço justo. 


Restaurante

 A tarde continuamos a procurar pelos hotéis até optarmos pelo melhor custo x benefício. Até chegarmos nesta conclusão, andamos muito pela cidade, nos perdemos várias vezes e como nosso mapa não tinha norte nem sul ficou mais complicado para minha esposa (meu GPS Off-line) que parecia sem baterias.
Já no hotel, experimentamos uma ducha fantástica capaz de reativar qualquer alma cansada. E assim, renovados, fomos ao shopping Curitiba a pé. 


No dia seguinte, o café da manhã caprichado fez com que saíssemos do hotel quase 10hs, em direção ao Jardim Botânico. No local, a primeira agradável surpresa: local separado para bicicletas e motos. 


E algo mais incrível ainda: não precisamos pagar nada pela visita ao parque e nem para estacionar. Pode parecer estranho, mas esta não é uma prática muito comum em nossa cidade, por isso tanto espanto da nossa parte.


Inicio do Jardim Botânico


Jardim Botânico: recomandamos conhecer, um excelente e belo local. As fotos dizem mais do que as palavras.






Sistema de GPS sincronizando com o satélite (mapa)

  Na sequência, fomos ao aeroporto de Bacacheri, mesmo sabendo que se tratava de um lugar pequeno. Um ambiente tranquilo, com poucos aviões (fato que decepcionou um pouco), parece que usado somente para voos domésticos, mas de uma limpeza e organização incrível. Registramos o momento e já que estávamos perto fomos ao Parque Bacacheri, mas não recomendamos.





Próximo destino: Bosque do Alemão, praticamente do outro lado da cidade e mais um desafio para meu sistema de navegação. Ele nos permitiu chegar, mesmo que pelos fundos do parque. 


Nada que uma conversa rápida com uma moradora da cidade não resolvesse. Logo encontramos a entrada e mais do que isso, trocamos nosso almoço por uma torta de framboesa (muito famosa por lá) e uma de ricota que renovou nossas energias. 


 

Tudo isto dentro de um galpão de madeira que mais parecia uma igrejinha. Minha esposa ainda desceu pela trilha do bosque lendo a história de João e Maria escrita em painéis de azulejo espalhados pelo caminho. 








Casinha de histórias na trilha

 Ela se sentiu como no próprio conto. Encantador, segundo ela. 
Traçamos nossa rota em direção ao Parque Barigui. E mais uma vez encontrar a entrada foi um desafio. Andamos, contornamos, voltamos, pedimos informações e finalmente chegamos. 




Valeu a pena. Lugar simplesmente incrível, muito limpo, organizado e com uma área de lazer enorme. E ainda com toda infraestrutura para fazer um churrasquinho e estar perto da natureza. 


Ficamos descansando e apreciando aquele ambiente até decidirmos visitar o zoológico.
No caminho, paramos na Praça do Japão para alguns registros. Local muito limpo e organizado e que chamou nossa atenção pela sua arquitetura.



Praça do Japão

Com algumas informações do sistema de navegação (mapa) e de informações coletadas na rua, seguimos pela Av. Marechal Floriano. Que avenida comprida, parecia que não tinha fim. Cada curva, buraco, desvio e lombada foram contornados pela sensação de estar chegando. Perto do Parque Náutico visualizamos a entrada para o Zoológico. Chegamos? Não, era o caminho que nos levava por mais 5 km de estrada péssima. Resultado, chegamos ao zoológico quase 17h (horário de fechamento). Eu estacionei a moto, sentei num barzinho e deixei por conta da Dayana a visita e os registros. 


A área externa é grande, bem planejada, sem cobrança (de entrada e de estacionamento), mas um pouco abandonada. 

Na área interna a Day teve a mesma impressão: apesar do planejamento e lugar espaçoso parecia faltar investimento para melhorar a vida dos bichos. 


Mesmo assim pra ela sempre vale a pena ver de perto girafas, tigres, hipopótamos, etc....
Como estávamos próximos, resolvemos ir ao aeroporto Afonso Pena (em São José dos Pinhais). Este sim é o aeroporto da região. Voltando para Curitiba, e na caça de uma churrascaria para reabastecer as máquinas, encontramos a Boi Dourado. Uma excelente janta para quem passou quase 12 horas passeando e curtindo a cidade. Churrascaria excelente, ótimo atendimento e comida muito boa por um preço espetacular (R$ 14,90 por pessoa).
Mais uma voltinha a noite pelo Centro e voltamos ao hotel. De tão exaustos, o merecido sono veio fácil.
Deus tem propósitos, destinos e sabe de cada fio de cabelo do nosso corpo. Não é da vontade dEle que fatalidades aconteçam, mas infelizmente elas fazem parte do nosso mundo.  Por causa de um destes acontecimentos, nossos planos foram alterados a 1:20 da madrugada ao recebermos um telefonema da morte de um tio querido. 


Saída do hotel com destino a Jaraguá do Sul

Na terça ainda íamos conhecer o Centro Histórico e dar umas voltinhas por perto, mas só nos ajeitamos, tomamos o café no hotel e partimos em direção a Jaraguá do Sul, minha cidade natal, distante 200km de Curitiba. E as 22hs chegamos a nossa casa, na cidade de São José.

Aprendizados:

- Planejar a viagem, resulta em aproveitar melhor o tempo. Por exemplo, não traçar a rota dos parques e ter uma sequência fez com que saíssemos de um lado da cidade para o outro
- Reservar o hotel antes da chegada
- Ganhei autorização para comprar um GPS
- Mais uma vez, precisamos levar menos roupas
- Adquirimos jaquetas impermeáveis antes da viagem, andamos com ela pelos parques e foi muito prática o tempo todo, além da segurança em viagem
- Comida em Curitiba, é excelente, com preços mais acessíveis do que em Florianópolis
- Podemos planejar e realizar, mas não somos nada diante do Criador

"O homem pode fazer seus planos, mas é o Senhor quem lhe dirige os passos" Prov. 16:9

 Espero que gostem dos relatos e principalmente que possam ser úteis para quem, assim como nós, gosta de passeios e viagens de moto (MotoTurismo).

 Mapa do trajeto até Curitiba


 Resumindo:
Quilometragem total: 844 km
Média por km/L : 18,9 




Dayana e Jean


Comentários

  1. Show!!! Belo post!!!

    E a torta de framboesa?? Crueldade com o leitor....rs

    No aguardo da próxima viagem do casal!!!! ;)

    ResponderExcluir
  2. Jean e Daiana.

    Muito bom o post. Continuem viajando e curtindo, depois divulguem.

    Abraços.

    Tiago
    http://pescalitoral.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Belas fotos de lindo passeio...Espectacular....
    Cumprimentos

    ResponderExcluir
  4. Oi Dayana e Jean!
    Achei linda e proveitosa a viagem.
    Matei um pouco as saudades da minha cidade natal.
    Faltou vcs conhecerem mais cidadezinhas ao redor como Piraquara e Quatro Barras. Para quem gosta de natureza tem alguns lugares lindos.

    ResponderExcluir

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Obrigado por comentar!
Jean e Dayana Raduenz

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